Olá Sandra.
Quanto ao entusiasmo do marido estamos no mesmo barco, quer dizer, eu estou pior que tu porque o meu diz que quer, mas não agora. Voltou atrás com a decisão dele. Nem pouco entusiasmado está, não está mesmo nada entusiasmado.
Diz que é muito novo (26 anos), que temos tempo, que é uma responsabilidade muito grande, que não se sente preparado e agora também diz que quer ter mais estabilidade financeira.
Esta ultima, no meu caso e na minha opinião é a menos válida. Quem tem estabilidade financeira hoje? Provavelmente quem já nasceu num berço de ouro, talvez. Quem vive do trabalho pode nunca ter essa estabilidade ou então tê-la aos 50 ou 60 anos, mas aí, como digo ao meu marido, já tem de procurar outra mulher para ter um filho porque comigo já não vai lá, de certeza. Nós, felizmente, apesar de termos trabalho precário, conseguimos sempre juntar um dinheirinho ao fim do mês e com isso temos feito uma poupança relativamente boa para o caso de ficarmos os dois sem rendimento algum (não consigo é convencê-lo de que é impossível, hoje-em-dia, um jovem com menos de 30 anos ter estabilidade financeira).
Na minha opinião se querem os dois em tem as mínimas condições (não vamos ser inconscientes, também), força nisso. Se "a desculpa" do meu marido fosse só a questão financeira, arranjava forma de o convencer, agora o resto é que é pior. Se não se sente preparado não posso prepará-lo à força nem fazê-lo ter vontade, não consigo nem quero.
É claro que têm de pensar bem e só vocês é que podem decidir, mas eu dou-vos a minha força.
Ah e acho que descobri uma forma de, não falando nem pressionando o meu marido, "confrontá-lo" com a gravidez e com ter filhos. Como? Este fim-de-semana, o meu primo, cuja esposa descobriu que estava grávida a pouco tempo, convidou-nos para combinarmos mais uma jantarada. E eu pensei, olha que boa ideia!!! O meu primo tá todo entusiasmado com a gravidez e com a ideia de ter um filho talvez isso seja contagioso e se pegue!!!
O meu marido diz que não quer já, mas quando vê uma criança (principalmente se for menino), fica ali colado a observar as brincadeiras dele e quando vou a ver está a rir-se sozinho com cara de parvinho mesmo...
Que acham? É uma boa forma de ele se ir preparando sem ser eu a falar-lhe do assunto e sem ser eu a "convencê-lo"?
Desculpem o testamento...