Apagão - Como foi por aí?

Olá!
Eu confesso que desde os terramotos que tenho o kit preparado. E quando houve aquela informação à 1 mês para fazermos o kit para ter em casa de 72h, eu ainda complementei o que já tinha. Então, ontem estava sem descansada. Tinha imensa comida, água potável, rádio para ouvir as noticias, powerbanks carregados (até emprestei 1 à vizinha), lanternas e velas. Até um fogão de campismo tenho em casa!
De facto, mulher prevenida vale por 2!

Por aqui foi tranquilo, trabalhei até às 16hs e demorei a perceber que era algo geral. Em janeiro tivemos um apagão de 3hs ao fim do dia na minha zona e costumou bem mais, estava frio, escureceu cedo, não tinha como dar comida quente aos miúdos...
Kit também tenho desde que fui mãe, mas claro que não aguentava muito tempo, mais 1 dia daria, depois ia começar a gerar muito stress.

Foi um dia de teletrabalho substituído por arrumações em casa. Tinha comida, gás, água, lanternas e velas. Felizmente o telemóvel Nokia do filho mais velho tinha a bateria cheia e deu para ouvir rádio. Já os smartphones não serviram para nada.
Tenho de repensar o kit, sem gás não me safava. Assim deu para cozinhar normalmente.
Como o acesso às noticias era bastante limitado nem deu para stressar, mesmo quando a rua do lado (concelho vizinho) ficou com luz e nós só tivemos 3 h depois.
O meu maior receio era entrar em TP e ter de ser eu a "dar à luz". Mal por mal, prefiro um dia de urgências fechadas. 🙄

Relativizar 😄 Quando tive o meu 3o o hospital estava em obras e lembro-me de dizer à minha médica: neste momento só quero alguém que me abra a porta da urgência, depois até podemos fazer o parto no corredor.
O meu marido estava aflito por não termos rádio, chegou a ir ao carro ouvir, eu por acaso não senti falta de notícias, mas talvez seja importante. Fui dormir pelas 22hs e ainda sem luz.

zaq escreveu:

Foi um dia de teletrabalho substituído por arrumações em casa. Tinha comida, gás, água, lanternas e velas. Felizmente o telemóvel Nokia do filho mais velho tinha a bateria cheia e deu para ouvir rádio. Já os smartphones não serviram para nada.
Tenho de repensar o kit, sem gás não me safava. Assim deu para cozinhar normalmente.
Como o acesso às noticias era bastante limitado nem deu para stressar, mesmo quando a rua do lado (concelho vizinho) ficou com luz e nós só tivemos 3 h depois.
O meu maior receio era entrar em TP e ter de ser eu a "dar à luz". Mal por mal, prefiro um dia de urgências fechadas. 🙄

Por acaso faltou a luz quando estavamos para sair para a escola da minha filha para uma reuniao de seguimento com a professora dela.
E depois tinhamos planeado ir de caminho buscar o mais velho para uma consulta.
Como até ao fim da reuniao da miuda a luz nao voltou, trouxemos-la logo (e foi o melhor que fizemos), fomos buscar o miudo e fomos para casa.
Pelo meio ainda conseguimos passar no supermercado que tambem já tinha planeado.
Assustou.
E dá que pensar.
Eu trabalho na área, com distribuidoras electricas em todo o mundo e sei o quão fácil é haver um ataque deste tipo e meio mundo ficar sem energia.
Na minha zona de residência a luz só voltou às 3h da madrugada de 3f.
Fomos dos últimos.
Deu para passar bem com alguns ajustes.
Mas se fosse mais tempo iria pior.

Tenho andado a preparar um kit de emergência. Eu vivo na Holanda, e desde que o excremento cor de laranja tomou poder que tem existido um aumento na frequência de alertas para a população se preparar para qualquer eventualidade. Pelo que percebi em Portugal não existe ainda muito essa preocupação. Talvez se note mais aqui uma vez que o anterior primeiro ministro é o actual secretário geral da NATO.