Boa tarde,
Desde sempre que a alimentação tem sido um desafio tanto para a minha filha como para nós pais.
Tem 18 meses e não come sólidos da forma que se esperava.
Vai "petiscando" com as próprias mãos o que lhe dermos, escolhe o que pretende comer...mas não faz um refeição.
À colher rejeita totalmente.
Tentamos lhe dar os sólidos antes da sopa, mas não tem comido de forma a que lhe possamos chamar refeição.
Em Setembro irá para a creche e estou a ficar bastante preocupada pelo impacto que isso terá, assim como na importância que a mastigação tem no desenvolvimento dela.
Parece que à medida que ela cresce mais difícil fica que ela encare os sólidos como uma refeição.
Obrigada

Cara mãe, a primeira preocupação a ter com esta bebé, do meu ponto de vista, é saber o seu peso e o seu comprimento e saber a sua história alimentar do dia-a-dia, para perceber em termos alimentares e calóricos, a ingestão que faz, assim como saber o seu estado nutricional.
Nem sempre os bebés estão preparados no momento considerado chave para o desenrolar de atividades que correspondem às expectativas etárias que são atribuídas ao global das crianças, pelo que antes de mais lhe solicito que tenha calma com esta questão dos sólidos e que manifeste esta calma, na altura das refeições. O primeiro passo para que as refeições corram bem é manifestar calma e assertividade, porque as crianças conseguem perceber qualquer alteração do adulto que as alimenta.
Pelo que percebo da questão, a menina come sopa de colher. Deve tentar gradualmente e de forma persistente incluir a alimentação sólida nas refeições do dia-a-dia. Pode iniciar esta tarefa, tornando a sopa mais rugosa, ou seja, depois de preparar o creme de legumes permitido, comece por no final da sopa estar pronta, ralar um pouco de cenoura e cozê-la para que a textura se altere e para que a menina possa reconhecer outras texturas. Ainda na sopa, pode colocar um pouco de arroz ou pevide para que se aperceba também deste tipo de textura, diferente da consistência do creme de legumes.
Pode e deve fazer o mesmo com as restantes refeições: tornar a papa de fruta menos cremosa, as papas lácteas ou não lácteas e ir introduzindo pão, tostas, fruta crua, disponibilizando os alimentos à bebé para que ela própria decida o que quer.
A partir do momento que haja esta aceitação, tudo será mais fácil. Por outro lado, pode começar gradualmente a introduzir purés, açordas e farinhas de pau antes da sopa e perceber a aceitação das mesmas. Neste tipo de preparados alimentares deve sempre incluir legumes e carne ou peixe, de acordo com o que é permitido à faixa etária em questão. Muitas vezes os bebés não estão ainda preparados para iniciar esta transição, pelo que torno a sublinhar, mantenha a calma!
Gradualmente vai perceber quais os paladares que mais aprecia e deve ainda ter em conta que o tamanho do estômago do bebé é muito diferente do adulto, pelo que, a quantidade que me diz não considerar suficiente, pode ser considerada razoável.
Muitas vezes a ida para a creche/ infantário é uma ajuda nestas questões da alimentação porque as crianças tendem a imitar o que as outras fazem. Assim, não encare esta questão como mais um motivo de estresse, mas antes como algo positivo que vai favorecer o “crescimento alimentar” da sua filha.
A diversificação alimentar do bebé tem como objetivo principal que este inclua os hábitos alimentares da família, que deve sempre dar o exemplo a comer o que a ele é solicitado.
Costumo dizer que o segredo é insistir, insistir, insistir…
Espero ter ajudado e estarei ao dispor para qualquer outra questão. Atentamente,
Susana Cardoso
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