Depressão Pré-parto | Page 5 | De Mãe para Mãe

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Depressão Pré-parto

Qua, 22/07/2015 - 22:04
Psicologia
AnahPereira offline

Olá!
Gostaria de contar um pouco a historia antes para se entender melhor. Engravidei sem contar, não foi fruto duma relação de namorados nem nada parecido onde infelizmente se tentou uma relação mas não havia sentimento suficiente de ambas as partes e assim ficou decidido. Decidi ter a minha filha independentemente de tudo, e fazer tudo por ela, a partir do momento que soube que estava grávida, sabia o que queria. Estou grávida de quase 38 semanas e acho que estou com uma depressão pré-parto. Estava a pessoa mais feliz do universo.. agora sinto-me a grávida mais solitária que há, porque mesmo tendo a família, é diferente o apoio de um homem que amamos de verdade e está ao nosso lado para nos apoiar em tudo. Sinto-me sozinha, cansada, incomoda, limitada a todos os níveis, vejo o mundo a girar a minha volta e gente ocupada e com amigos e companhias e eu estou completamente sozinha, com muito receio do que aí vem com toda a gente a assustar-me quando dizem que os primeiros meses são "DO PIOR"! Quero muito a minha filha e não me arrependo, mas não estou feliz, não sei o que se passa e preciso de ajuda. Qual será o meu próximo passo agora ?

Joana Prudêncio

Bom dia Ana,

Parece-me que sabe ainda perfeitamente o que quer. A dificuldade poderá residir no medo do desconhecido, medo das dificuldades que poderão surgir e de todo este seu momento de maternidade estar muito longe do que possivelmente tinha idealizado.
A gravidez a maternidade são tidas como um momento de excelência na vida da mulher. Desde idades muito precoces que somos incutidas, arriscaria dizer mesmo formatadas, com a ideia de que um dia vamos encontrar o nosso príncipe encantado, apaixonar-nos, casar, ter filhos e viver felizes para sempre. E que a gravidez é um “estado de graça”…esquecem-se é de explicar onde está a tal “graça” em sentir-se pesada, cansada, insegura e cheia de receios!
Agora olhando à volta…quantas pessoas é que conhece que têm esse tipo de experiencia? Cada vez mais a noção parentalidade, de família está muito diferente, mas nada impede que essa diferença seja esse o seu momento de excelência.
Não lhe posso dizer que não vão surgir momentos menos fáceis. Passar por uma gravidez, parir uma criança indefesa que sabe que será responsabilidade sua para o resto da vida, ter que gerir as rotinas do dia-a-dia, os choros, ter que providenciar à bebé tudo o que ela necessita, é muito assustador. Mas estes são medos comuns a qualquer mamã e são exacerbados à medida que o parto se aproxima. E com toda esta necessidade de gerir emoções, as mudanças hormonais, o momento em que se encontra tendo que encarar tudo isso “sozinha”, a palavra felicidade não será certamente algo que conste no vocabulário do seu dia-a-dia. Mas haverão alguns pequenos momentos de felicidade, por exemplo quando a sua bebé interage consigo, ou imaginar como será a carinha dela quando a vir pela primeira vez, o toque da pele dela quando se consolar nos seus braços.
E como disse, e muito bem, tem também a sua família de retaguarda, que lhe dará o suporte que necessita. Além disso, procure alguém, profissional ou não, que a ajude a restruturar aquilo que está sentir. Partilhe com os amigos e família essa sua solidão e aí verá que não está sozinha!
O que fazer agora? Relaxar! Respirar fundo e preparar-se para esta grande mudança que vai ser tão boa! Aproveitar estes últimos momentos com ela na barriguinha, e preparar a chegada da pequenita. E viva! Para si, não só enquanto mãe mas enquanto mulher, e por si e por ela! E é encarar cada momento de coração aberto e assim criar a sua princesinha da melhor maneira que conseguir, porque será essa, a sua maneira, a maneira certa!
Felicidades!

Mais perguntas

Sáb, 21/11/2015 - 13:58
Psicologia
InêsNascimento offline

Olá doutores.
Tenho muitos ataques de pânico, por isso uma médica psiquiatra receitou-me a sertalina. Mas tem uma advertência na bula deste medicamento que me deixou receosa e por sua vez, quando fui a farmacia comprar, a sra de lá aconselhou-me a não tomar devido a possíveis problemas no parto com o bebé.
O que acham?

ps: estou de 22 semanas, e ela receitou-me esta toma até ao fim da gravidez, altura do parto.

Psicologia
pitalina offline

Boa tarde!

Durante algum tempo ando a precisar de desabafar este problema. Desde que a minha pequena nasceu (hoje tem 20 meses) ando com problemas de lidar com os meus sentimentos. Não foi uma altura fácil no início. Fiquei em casa sozinha com ela desde que tinha apenas 1 mês. Vivo no estrangeiro. Não tenho cá familia e só tenho poucos amigos com quem tenho contacto de vez em quando.
No inicio pensei que fosse normal, pois já ouvi muitos relatos de "baby-blues". Contudo, nunca tive coragem de procurar ajuda. Nem sequer soube onde procurar. Eu andava muito cansada e esgotada. A minha pequena só queria o meu colo e mama durante o dia todo. O meu dia era praticamente passado no sofá a dar-lhe mama (ela usava como chucha o que foi um erro, pois devia ter-lhe dado logo a chucha). A única vez que me levantava era pra ir á casa de banho ou á cozinha e ela desatava aos berros a chorar. Isto era assim nos primeiros 3 meses. Cheguei a um ponto de exaustão e talvez de depressão. Sempre que ela chorava eu começava a tremer de raiva, começava a imaginar coisas horríveis na minha cabeça pra fazer-lhe mal. Felizmente nunca perdi a minha cabeça totalmente. Nunca lhe bati. Mas já cheguei algumas vezes a sacudi-la (por alguns secundos) e parava de imediato. E eu só chorava depois, pois é um choque quando me apercebo do que fiz. Parece algo incontrolável.

Até hoje continuo com este sentimento. Quando ela chora ou tem mal comportamento, ás vezes sinto que estou quase a perder a cabeça. Respiro fundo e tento relaxar.
Á noite quando me deito (ela já dorme) é a única altura que tenho mais saudades dela e penso dos momentos bonitos passados com ela durante o dia. Irónico não é?

Sinto uma péssima mãe Triste

O que posso fazer para controlar estes momentos de aflição?

Dom, 22/11/2015 - 13:21
Psicologia
brums offline

Olá, eu tomava a pílula sem falhas, mas tive uma infecção urinária e fui ao hospital onde me disseram que deveria tomar um antibiótico e foi o que eu fiz. O pior é que eu não sabia que o antibiótico poderia cortar o efeito da pílula, ou seja, nunca fui informada disso. Agora descobri que estou grávida e tenho apenas 18 anos, estou perdida e não sei o que fazer! Sou totalmente contra o aborto, mas seria a forma mais fácil pois assim a minha família não teria de saber de nada, mas iria custar-me muito fazê-lo pois ficaria com um enorme peso na consciência. Caso não aborte será muito difícil contar a minha família sem que reajam mal e tenham vergonha de mim, mas eu não acho que por um erro meu de falta de informação esta criança tenha de pagar por isso. Desejo muito ser mãe, mas nunca pensei que fosse agora, adoro crianças e adoro cuidar de crianças... mas estou perdida, preciso de ajuda! Abortar ou ter este bebé?

Qui, 22/10/2015 - 13:56
Psicologia
offline

Boa tarde, tenho 20 anos e estou grávida pela primeira vez. Estou agora de 10semanas. Acontece que quando descobri, já tinha viajem marcada para vir viver com a minha mãe para Inglaterra. O pai do bebé veio comigo. Antes de vir fiz os exames necessários para para o primeiro trimestre e fiz uma ecografia as 5 semanas. Ainda não consegui ver nada para alem do saco gestacional. O que acontece é que eu sempre quis ser acompanhada particularmente quando engravidasse para poder fazer exames e consultas mensais, mas agora num novo pais, sem conhecer muito bem o sistema de saude no que toca a gravidas sinto-me muito ansiosa. Estou sempre preocupada sem saber se o meu bebé está bem ou não. Estou a espera do meu numero de saude para poder marcar uma consulta e uma ecografia, mas parece que os dias não andam. Ainda por cima ja fui informada que aqui só fazem 2 ecografias na gravidez. Não consigo relaxar, estou constantemente com medo e em pânico, ao ponto de andar a ver constantemente, todos os dias se continuo com sintomas de gravidez ou não. Não sei como lidar com esta ansiedade.

Psicologia
offline

Olá,
Tenho um problema que não sei como resolver. Antes de ter o meu filho eu tinha um apetite sexual até fora do "normal". O que é certo é que depois de ser mãe (o meu filho já fez 2 anos) não tenho desejo nenhum mesmo Triste é como se aquela parte tivesse morrido... Não sei que fazer pois está a prejudicar o meu casamento, o meu marido até é muito compreensivo. Pensávamos que com o tempo melhorava, mas piorou...
Já fui à GO e está tudo bem comigo. Tomo medicação para o hipotirodismo.
Sei que preciso de ajuda, mas não tenho possibilidades para procurar ajuda profissional...

Qui, 12/11/2015 - 22:57
Psicologia
ACMGM offline

Boa noite,
Sou a Maria e descobri que estava gravida quando já estava com 12 semanas de gestação. Foi um tremendo choque. Nada fazia prever que tal acontecesse. Sempre fui extremamente irregular, passava meses e meses sem me vir o período. Tomava pilula. Em agosto fui ao ginecologista efetuar consulta de rotina e a noticia caiu que nem uma bomba em cima. Fiquei completamente sem chão. Cheguei a casa e contei a famila, marido ficou a olhar para mim sem resposta. A filha do alto dos seus 12 anos, ficou a chorar pois iria deixar de ser filha única.
Fomos conversando ao longo dos dias seguintes, mas na minha cabeça so via este bebe como um problema. Tenho 40 anos, sentia-me velha para voltar a ser mãe, depois so me vinha a cabeça o que passei no parto da minha filha a 12 anos atras. Foi um parto terrivelmente marcante. Comecei a não conseguir comer a não conseguir dormir. Passei noites em que percorria a minha casa de ponta a ponta vezes sem conta, não conseguia estar deitada, mal o fazia ficava com imenso calor, dificuldade em respirar. Pensei que morria. O meu único pensamento era que tinha que tirar este bebe. No meio dessas caminhadas noturnas pela casa, passava algum tempo em frente do pc a tentar encontrar algum local onde pudesse efetuar aborto. Ate que há cerca de um mês fui ao um psiquiatra que me ouviu durante alguns minutos, me receitou uns comprimidos para dormir. Tomei esses comprimidos durante 1 semana e quando me sinto muito ansiosa tomo meio antes de me deitar. Melhorei, mas a cada passo sinto que não sou capaz de voltar a passar por tudo novamente, começo a pensar na fase mas difícil que se vai aproximando (falta +/- 4 meses para ele nascer) e sinto que não sou capaz, sinto-me já cansada de estar gravida. Cada vez que penso no parto ou oiço alguém falar do assunto, fico em pânico, o coração acelera a respiração fica difícil. Sinto-me incapaz. Passei a ter um medo absurdo de ficar doente, nunca tal coisa me tinha acontecido. Não me reconheço nestes medos e pensamentos. Pensei e ir a um psicólogo, mas financeiramente torna-se muito difícil. Por isso peço a v/ ajuda. Ajudem-me a perceber o que se passa comigo e como ultrapassar isto. Desculpem tamanho do texto.. Agraço a atenção dispensada ao meu "testamento.

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