Sexta feira dia 26, fiz a lide da casa, almoçamos às 15h, ainda fomos a uns stands ver carros para a minha mãe, e entretanto, eu tinha dito antes do Natal que queria ir gastar o vale presente que temos do corte inglês em fraldas. A minha mãe lá pergunta se sempre quero ir. Bem, n tinha mesmo nada para fazer.... Mas ainda referi que deviamos ir na nossa carrinha, por ser mais confortável e por ter lá as malas. Tanto a minha mãe como o meu marido dizem que eu tou parva, que o carro da minha mãe era melhor, e que se fossem precisas as malas alguém vinha buscar... 10 minutos depois comentei que me sentia numa máquina de lavar roupa...Entretanto deviamos ser o único carro que não sabia da euforia no corte ingles nessa sexta, e como a entrada do parque por onde a minha mãe entrou estava vazia, nem desconfiamos que o trânsito todo à volta era para ali... Iamos descendo de nível e nada de lugar, devemos ter demorado uns 45 minutos a estacionar. o meu marido refilou "olha se entrasses em trabalho de parto, havia de ser giro..."
Bem, lá fomos comprar as fraldas, e entretanto a minha mãe lembra-se de irmos jantar ao 7º piso. fomos esperar pelo elevador. O marido acha que é uma seca esperar pelo elevador, para irmos a pé. Escadas? Mas são rolantes! Ok, só tu para me fazeres andar neste estado de barriga...
No sexto piso... Ploc. Ploc? que estranho que terá sido isto? Deixa-me cá estar caladinha....
Estava uma fila de 30 pax à porta da pastelaria, ainda perguntei se tinha prioridade por estar tão grávida, não, não tem, tem de perguntar às pessoas, uma a uma, a ver se deixam!!!
Fomos para o balcão, qd vou a sentar digo ao marido e à mãe, é melhor não pedirmos, rebentaram-me as águas... Vou até ao WC, tipo filme, só faltou mesmo a poça no chão... não parava de perder água!! Bem, atei o casaco à volta da cintura e lá fomos à procura do elevador mais próximo....
Eram 20h certas quando ouvi o ploc, liguei ao GO ás 20h20, que tinha acabado de chegar ao Alentejo, disse para ir andando para a Cuf, que iria ter lá comigo.
Não me lembro da hora da entrada, mas devia passar pouco das 21h. Como entretanto ninguém me tinha dado ouvidos, a minha mãe teve de ir levar o meu marido a casa para ir buscar o nosso carro e as minhas malas, pelo que entrei sozinha.
Fiquei logo internada, e fui para o quarto individual, onde se juntaram o meu marido e a minha mãe. Entretanto começa a azáfama dos toques, e eu super relax, no msn telelé, tipo parto em directo..Quando dei conta, o GO estava já ali ao lado, deviam ser umas 23h15 quando chegou, já estava a levar a epidural. Quer dizer, a tentar, porque estive 45 minutos para a levar, parece que tenho uma questão qq e q a agulha n entrava, tiveram de ir uscar uma agulha tipo fio de cabelo para testar o caminho, só visto. nmas pronto, parece que por esta altura já tinha 3 para 4 dedos. Entretanto estava ligada ao CTG, e iamme dizendo, ponha-se para a esquerda, agora para direita, olhe o bebé está com fome, tome lá rebuçados, etc... Eu sinceramente pensei que era tudo normal, tal era a descontração. Mas a cada toque da enfermeira parteira, sentia o carapinha cada vez mais nas costelas, o GO veio fazer dilatação manual de 3 para 5 dedos, e aí é que começa o filme. os alarmes do CTG estavam a disparar, daí de 10 em 10 minutos ora a parteira ora o GO vinham fazer toque... o Go lá diz que tenho de pôr a máscara de oxigénio, agora foi o meu alarme q disparou... Lá me foi explicado de maneira muito muito soft, que o bebé estava a entrar em sofrimento fetal, e que não estava encaixado. Tinhamos pouco tempo para decidir. Esperou-se até às 2h para ver se a dilatação progredia, nesse último toque o GO diz que ou eu estou com a dilatação toda, ou tinhamos mesmo de ir para cesariana. E assim foi, não fiz a dilatação que o bebé precisava, naquele espaço de tempo curto, tinnham só passado 6 horas desde que as águas rebentaram...
Lá fui eu, todo o pessoal foi impecável a manter-me calma e relaxada, e perto da última puxada, já todos me davam os parabéns pelo grande bebé que aí vinha, e às 3h09 vi-o de cabeça para baixo e de costas, chorei imenso de felicidade de finalmente conhecer o carapinha!! A imagem nunca hei-de esquecer!A minha mãe pode assistir, contou-me depois que nunca pensou que o bebé resistisse, pois vinha muito roxo em pré-asfixia. Teve de ser todo aspirado, mas pronto, já passou, estamos os dois bem.
O gordalhufo da Cuf, dos que lá estavam, era o mais gordito, 3730gr e 50 cms de amor, teve 10/10 no índice de Apgar. Assim que saí da sala de partos, levaram-me para o recobro, já com o Gabi nos braços, depois de ele ter já ido conhecer o super papá, que se no início o impacto foi pânico, saímos da cuf com o papá a ser elogiado pelas enfermeiras!!Mamou logo, na 1ª hora de vida, e tem sido assim até agora.A CUF foi uma experiência fantástica, só tenho a dizer bem de toda a equipa, fomos os 3 muito bem tratados.Também uma palavra de agradecimento tanto à Enf R. que detectou logo o problema, como ao meu GO, que assim que lhe foi transmitido a situação pela Enf R veio de 4 piscas para me atender, super solícito, muito preocupado com o meu bem-estar e o do bebé, e pelo que dizem as enfermeiras que me mudaram o penso, mãozinhas de fada na costura....E uma nota ao meu marido, estou muito orgulhosa de te ter como marido, como pai do meu filho, trataste de nós os dois sem nenhum pré-aviso, aguentaste-te bem e superaste todas as expectativas, pois para quem não via na gravidez grande emoção, vejo-te vibrar agora com cada movimento do filho, e tens sido um grande apoio para mim.